(Imagem tirada da net)
Irene era uma mulata bela e provocante.
Trabalhava num laboratório de uma faculdade qualquer, era solteira e vivia longe da família.
O trabalho, sem horas de entrada e saída e a sedução ocupavam-lhe todo o tempo e todas as forças.
Irene era volumptuosa, cheia de curvas e volumes. Os homens que trabalhavam junto dela, babavam-se à sua passagem. As suas tentativas de sedução raramente eram rejeitadas.
Muitas foram as vezes que se entregou a colegas de trabalho, ali mesmo no escritório, com o perigo eminente de serem apanhados.
Mas Irene não vivia feliz, todas aquelas relações não passavam de sexo ocasional, e ela queria mais, queria um homem que a amasse verdadeiramente, que a respeitasse, que não a visse como um pedaço de carne.
No mesmo gabinete, trabalhava um rapaz, aparência simples, bonito, simpático...
Já há algum tempo que Irene o observava com olhos gulosos, mas ele não lhe correspondia, ou então fazia que não entendia os olhares dela.
Um dia, já farta de esperar, entrou pela sala dele com o pretexto de entregar uns papeis e foi-se aproximando do rapaz.
As curvas de Irene não lhe eram indiferentes, mas Rudolfo tentava resistir a todo o custo. Era namorado, e sabia que as seduções de Irene geralmente saiam caras a quem se deixava levar por ela.
Mas ela estava determinada, ia conquistar Rudolfo.
Nesse mesmo dia, já mais tarde, quando já ninguém se encontrava no gabinete, voltou à sala de Rudolfo.
Rudolfo percebeu o que se ia passar, e tentando evitar o confronto, sentou-se à secretária. Mas Irene não se deixou intimidar, apróximou-se, arredou a cadeira e sentou-se ao colo de Rudolfo. Ele estava em brasa. E ela falava , falava e ia se colando a ele cada vez mais.
Rudolfo já não se conseguia controlar, a sua erecção já era visivel por fora das calças cor de caqui, as mãos trémoles e suadas, dirigiam-se tentadoramente para os seios de Irene, e que seios, grandes, firmes, tentadores, da cor do bom-bom mais doce...
Ela provocadora, ao reparar no estado em que se encontrava Rudolfo, pousou devagar os papeis em cima da secretária e com muita suavidade pôs a mão dentro das calças de Rudolfo e foi mastrubando-o em caricias suaves e provocadoras.
Ele já não aguentava mais, o seu pénis pulsava como uma bomba perto de explodir.
- Porque me fazes isto? Tu sabes que estou namorado.
Irene sorria, provocante e tentadora.
- Faço-o porque te quero, quero-te sentir dentro de mim, quero sentir o teu calor, quero sentir a tua lingua molhada enrolada na minha...
- Mas isto não está certo... somos colegas de trabalho...
-Qual é o problema?
E levando Rudolfo pela mão, como quem leva uma criança indefesa, vão para a casa de banho. Irene tranca a porta, e ataca.
Já nada a podia travar, e Rudolfo, já há muito se deixara vencer.
O que se passou naquela casa de banho... é difícil de descrever.
As roupas arrancadas dos corpos com violência, beijos, dentadas, arranhadelas...
Foi sexo, do mais selvagem que já alguma vez Rudolfo tinha feito.
Irene era uma mulher poderosa, sabia como derrotar um homem, e Rudolfo, fascinado pela arte de Irene, deixou-se levar neste mar de volupia e sedução.
Já era tarde quando sairam da casa de banho, as portas do gabinete estavam trancadas, estavam fechados lá dentro.
Sozinhos, os dois, com a noite pela frente...
A paixão que os unia era dificil de entender.
Havia um misto de ternura e volupia, pureza e podridão.
Era a traição, esse gesto nojento, que os aquecia, que os fazia pegar fogo, como se do próprio inferno se tratasse.
Os encontros na clandestinidade, os beijos roubados nas esquinas, os toques provocadores.
Como os enchia de prazer, aqueles momentos de paixão, no canto da rua quando ninguém via.
Como os fazia tremer de tesão, o sexo feito no canto escuro e o perigo da descoberta.
Tudo era emoção.
Sabiam que estavam errados, mas estavam viciados na adrenalina do perigo e do medo.
O medo de serem apanhados, o medo de um dia deixarem de sentir medo.
Sim, porque o medo é bom conselheiro.
Se deixarem de sentir medo, deixarão de estar em alerta, e começaram e facilitar.
E aí, a relação-emoção, passará a relação-rotina, e perderá toda a paixão e volupia.
É essa adrenalina, que mantém viva essa paixão.
Sem emoção, acaba-se a paixão.
É preciso apimentar a relação, aquecer a paixão, para que como uma fogueira, ela não se apague.
E eles eram peritos nisso.
Quanto mais perigosa era a situação, mais eles se sentiam atraidos por ela.
A casa de banho de uma discoteca, o bengaleiro de um restaurante...
Tudo servia de pertexto para se entregarem um ao outro e jogos de prazer e emoção...
. Irene...
. Angra em Chamas de Paixão...