Sexta-feira, 17 de Outubro de 2008

Sedução...

 

 

Sedução...

Palavras que se dizem no calor da emoção.

Que nos perturbam e fazem sonhar.

Palavras que mexem com o mais intimo de nós.

 

Palavras ditas por alguém intimo

Ou por um simples desconhecido.

E que nos fazem vibrar

Que nos fazem sentir as mais escaldantes sensações.

 

Sedução...

Seduzir e deixar-se seduzir.

Jogo perigoso e apaixonante

Que nos faz cometer loucuras em nome do prazer.

 

Olhares quentes e húmidos

Que nos trespassam a alma

Caricias proibidas que nos provocam arrepios,

Beijos calorosos dados no escuro das sombras.

 

Sedução...

Paixão...

Tesão...

Traição...

Emoção...

Música: Amor de sedução - Mikefoxx
Sinto-me: Sedutora
Quinta-feira, 22 de Maio de 2008

Fiapos de vida...

 

Hoje foi desafiada por um amigo a falar de traição e bigamia.

É um assunto que mexe bastante comigo.

Fui vitima e vitimei.

Já vivi os dois lados da situação.

O que ficou, foi um misto de culpa e remorso.

São muitos os factores que levam uma pessoa a trair.

No meu caso foi a falta de amor na relação, a falta de carinho, a falta de partilhar as coisas simples do dia a dia.

No caso do meu companheiro, segundo ele, foi o amor em excesso, a prisão em que a nossa relação se tornara, monótona, vazia de sentimentos.

Mas para haver traição, tem de haver um outro sujeito implicado.

No meu caso, esse sujeito era calculista, sabia da situação vivida por mim, soube fazer a aproximação subtilmente, sem dar o alerta, como felino acoitado na mata à espera da presa.

No caso do meu companheiro, a ocasião fez o ladrão. Estavamos afastados, ele sentia-se sozinho mas não era capaz de se aproximar, então procurou conforto nos braços de uma amiga, essa amizade foi crescendo, e transformou-se num romance.

Afastámo-nos, iniciámos o processo de separação, mas com o tempo e a distância, os sentimentos que ainda existiam voltaram a florir, e hoje quase dois anos depois, estamos juntos outra vez.

Nem tudo é fácil. Os primeiros tempos foram muito complicados, mesmo muito. Temos a tendencia de ir buscar sempre o passado, de estar sempre a atirar coisas à cara um do outro, mas com amor tudo se ultrapassa.

Porque no fundo, o que nos juntou de novo, foi o amor que nós sentia-mos um pelo outro, e que estava esquecido num canto do coração, e que só a distancia pode avivar.

Sinto-me: Apaixonada
Música: All you need is love - Beatles
Terça-feira, 6 de Maio de 2008

Angra em Chamas de Paixão...

 

A paixão que os unia era dificil de entender.

Havia um misto de ternura e volupia, pureza e podridão.

Era a traição, esse gesto nojento, que os aquecia, que os fazia pegar fogo, como se do próprio inferno se tratasse.

Os encontros na clandestinidade, os beijos roubados nas esquinas, os toques provocadores.

Como os enchia de prazer, aqueles momentos de paixão, no canto da rua quando ninguém via.

Como os fazia tremer de tesão, o sexo feito no canto escuro e o perigo da descoberta.

Tudo era emoção.

Sabiam que estavam errados, mas estavam viciados na adrenalina do perigo e do medo.

O medo de serem apanhados, o medo de um dia deixarem de sentir medo.

Sim, porque o medo é bom conselheiro.

Se deixarem de sentir medo, deixarão de estar em alerta, e começaram e facilitar.

E aí, a relação-emoção, passará a relação-rotina, e perderá toda a paixão e volupia.

É essa adrenalina, que mantém viva essa paixão.

Sem emoção, acaba-se a paixão.

É preciso apimentar a relação, aquecer a paixão, para que como uma fogueira, ela não se apague.

E eles eram peritos nisso.

Quanto mais perigosa era a situação, mais eles se sentiam atraidos por ela.

A casa de banho de uma discoteca, o bengaleiro de um restaurante...

Tudo servia de pertexto para se entregarem um ao outro e jogos de prazer e emoção...

 

Música: Objection (Tango) - Shakira
Sinto-me: Endiabrada
Domingo, 4 de Maio de 2008

Mais um dia...

 

 

A promessa tinha sido feita.
Eles não se voltariam a ver.
Mas o destino trai-nos quando menos esperamos.
Era vésperas de Natal...
- Amor, estava a pensar convidar o Artur, para vir passar a noite de Natal connosco. O que achas?
- Não sei...
O coração dela palpitava... Porquê aquela provação? Porque seria o destino tão cruel ao ponto de os por de novo frente a frente?
- Ele não tem ninguém, vai passar o Natal sozinho, tenho pena.
- Pois, tens razão. Coitado. Ele que venha.
Os dias foram passando, e a angústia do novo encontro perseguia-a.
Por fim o dia chegou. Ao fim da tarde, tocam à campainha, era ele.
Ela vai abrir a porta. Os olhos cruzam-se, como se nunca se tivessem separado. Os sentimentos repudiados anteriormente, voltam ao de cima.
- Feliz Natal!
- Feliz Natal para ti também, Artur.
E a noite é passada em família. Os amantes evitam-se um ao outro.
Desviam os olhares, fogem dos sentimentos.
O marido, inocente nem repara nesta fuga aprisionada dentro deles.
Ri-se, brinca-se, dizem-se piadas...
À meia-noite, hora de trocar as prendas...
Artur entrega um brinquedo a cada um dos filhos dela.
- Eu só trouxe prenda para os miúdos, desculpa, mas não pude comprar mais nada.
- Não faz mal. Nem era preciso.
Ela levanta-se e faz a distribuição das prendas. Uma para cada um dos miúdos, uma para o marido, uma para ela...
E no fim, com os olhos marejados de lágrimas, entrega ao amante a sua prenda.
- Para tomar conta de ti.
As lágrimas correm-lhe pela face, num abraço apertado, que queria ser um beijo, dizem ao ouvido:
- Feliz Natal meu amor!
Ele abre a caixa, dentro, frágil e puro, um anjo de cristal.
- Este será apartir de agora, o meu anjo da guarda.
- Então, então... Não vão chorar? Hoje é dia de alegria. É noite de Natal.
E a noite vai passando, sufocante e abafada.
Abafada pelo desejo dos dois, sufocante pela paixão que os une.
- Já é muito tarde. Vamos nos deitar.
Cada um encaminha-se para o seu quarto. Os miúdos, cansados e felizes pela noite especial, já dormem.
O marido, longe de saber o que se passava, deseja uma boa noite ao rival e vai se deitar.
- Vai andando que eu já vou. Vou só ver se está tudo bem trancado.
E aproximando-se devagar daquele amava, mas não podia possuir, beija-o apaixonadamente e diz-lhe novamente:
- Feliz Natal meu amor.
Sinto-me: Apaixonada
Música: Momento - Pedro Abrunhosa
Quinta-feira, 24 de Abril de 2008

Um dia... (3)

 

 

- Boa tarde meu amor. Como te correu o dia?

- Como de costume e o teu?

- Normalmente, mas estou um pouco mal disposta, não sei o que se passa.

- Comeste durante o dia?

- Ah! É isso esqueci-me de almoçar.

E com os nervos em franja ela falava sem parar, de repente, começa a passar mal e desmaia.

O marido aflito, pega nela e leva-a para o quarto e deita-a na cama...

- Queres ir ao hospital?

- Não é preciso, vou descansar um pouco e já fico boa.

Ela ficou deitada em repouso e o marido, todo carinhos e atenções, tomou conta da casa e dos filhos por ela.

A noite foi passando, adormecer era dificil...

Ao fechar os olhos, só conseguia ver-se nos braços do amante.

A noite foi longa, os sonhos sucediam-se, as lembranças daquele dia de pecado não a deixavam dormir em paz...

Raiou o dia, o marido foi trabalhar, as crianças foram para a escola...

E ela, cheia de sede de paixão não conseguia pensar noutra coisa senão no amante. Tinha de estar com ele naquele dia ainda.

Pega no telemovel e liga-lhe:

- Tou? Meu amor? Vou ter contigo. Não consigo esperar mais.

- Não! Não venhas.

- Porquê? Ainda ontem me dizias que me querias ter de novo nos braços!?!? Que se passa?

- Isto não está certo. Eu ontem não devia ter ido aí. Tinha bebido demais e não sabia o que fazia.

- Isso são desculpas. Agora não volto atras. Pego no carro e não tardo aí.

- Não venhas. Eu não te abro a porta.

Descontrolada, com a líbido em alvoroço, com o coração aos pulos, e a razão fora de si. Pega no carro e lá vai...

O medo de ser apanhada desaparecera, a paixão que sentia e o desejo de se sentir amada e acarinhada, fazia-a perder a noção da realidade.

Ia por em risco a sua família por uma aventura.

Ao chegar lá, as portas estão fechadas. Pega no telemovel e liga-lhe:

- Estou aqui! Já cheguei!

- Tu não foste capaz?!? Não fizeste isso?!?

- Vem à janela e verás se tive ou não coragem.

Ao aproximar-se da janela, ele vê, sem querer acreditar nos seus olhos.

Ela tinha ido, tinha perdido o juizo e tinha ido até à casa dele.

- Eu disse que tu não viesses!

- Porquê? Ontem tu foste me tirar do sério, deixar-me num estado de nervos em que nunca tinha estado. E hoje não querias que viesse???

- Isto não está certo!

- Tivesses pensado nisso ontem, antes de lá ires. Agora é tarde. Já cá estou. 

A cena era hilariante.

Na véspera ele rira, porque ela estava a tremer, naquele dia era ele que tremia.

Ele sentou-se no sofá todo encolhido, parecia um animalzinho assustado.

Ela, eufórica, provocava-o...

- Estou com calor. Tens alguma roupa que me emprestes? Quero despir esta, está muito quente.

- Que queres vestir?

- Pode ser uma T-shirt tua.

E lá foi ele aos tropeções, ainda sem querer acreditar na loucura que ela tinha cometido, buscar a roupa para ela vestir...

Ao chegar à sala... Encontra-a semi-nua deitada no sofá.

- Pára!!! Porque me fazes isto?

- O que é que eu estou a fazer? Estou só a descansar.

.

(continua)

Sinto-me: Preversa
Música: Bed of Roses - Guns and Roses
Quarta-feira, 23 de Abril de 2008

Um dia... (2)

 

 

O momento de cumplicidade e ternura parecia eterno, mas tinha de acabar.

Os miúdos estavam a chegar da escola...

- Tens de te ir embora.

- Eu sei. Mas não consigo. Agora não te quero deixar.

E novamente os corpos se entrelaçaram, as bocas num misto de paixão e ternura voltaram a unir-se.

Era impossivel resistir.

- E agora? Quando é que me vais fazer uma visita?

- Eu? À tua casa?

- Sim. Eu corri os riscos todos vindo aqui. Agora é a tua vez. Quero que vás lá também.

- Não sei. Tenho de ver bem como vou fazer. Tem de ser bem combinado.

- Pensa e depois diz como e quando queres fazer a visita.

Era um turbilham de emoções. Medo caldeado com desejo, ternura misturada com prazer.

Um último beijo para a despedida...

- Fico à espera do teu telefonema. Já estou com saudades.

- Eu também...

Ele saiu, logo em seguida chegaram as crianças.

Os nervos a ânciedade, não a deixavam cuidar dos filhos em condições. Não conseguia ajudar nos deveres, a cabeça não parava de pensar no que tinha acontecido.

- Como é que isto foi acontecer?

- O quê mãe?

- Nada filho, a mãe está a falar sozinha.

Ela andava de um lado para o outro, o corpo todo a tremer, as mãos suadas. O medo de ser descoberta...

O telemóvel toca:

- Meu amor, já cheguei a casa. Estou a morrer de saudades. Quero estar contigo outra vez.

- Eu também meu amor.

- Não te demores a pensar num dia para vires cá.

- Talvez para a próxima semana. Estou de folga na 5º feira.

- Vou morrer de saudades da tua boca até lá...

- Tem de ser, temos de ter cuidado.

- Eu sei. Desculpa a minha ânciedade, mas estou doido para te ter nos meus braços outra vez.

Um barulho... a porta abre-se...

- Tenho de desligar o meu marido chegou...

E a tremer de medo, com a boca a amargar e as mãos todas suadas, ela vai receber o marido, com o sorriso mais falso deste mundo...

.

(contiunua)

Música: O vôo do moscardo
Sinto-me: Excitada
Terça-feira, 22 de Abril de 2008

Um dia...

 

 

Um dia...

Uma manhã...

Um telefonema...

E tudo muda na vida de uma pessoa.

A confusão estava instalada havia já algum tempo.

Os olhares trocados e as palavras de cumplicidade,

amontoavam-se dia após dia.

Os encontros furtuitos para cafés e desabafos.

Os almoços em casa dos amigos.

Os risinhos e cumprimentos despropositados, que ninguém queria ver...

As coisas intensificavam-se há algum tempo.

Certo dia...

Uma chamada no telemovel.

- Preciso falar contigo. Não aguento mais esta situação.

- Falar de quê?

A pergunta inocentemente falsa, mostrava medo e insegurança.

- Tu sabes muito bem de quê. Vou a caminho da tua casa.

- Não!!! Se alguém te vê?!

- Não quero saber, não aguento mais.

E a espera tornou-se angustiante, os minutos passavam.

O vigiar da entrada da casa era constante.

Chegou.

O abrir da porta devagar para não fazer barulho...

- Tu és doid...

Nem deu tempo de acabar a frase.

Cheio de paixão, tesão, e muita emoção, ele encosta-a à parede, e com o corpo a ferver beija-a até a deixar sem respiração.

As pernas tremem-lhe, os braços perdem as forças.

- Porque me fazes isso?

- Eu faço? E tu? O que é que me tens feito nestes últimos dias?

- Desculpa. Já nem sei o que faço.

- Anda vamos conversar.

E lá foram de mãos dadas até a um canto sossegado.

- Diz-me, tu também querias, não querias? Percebi isso naquele dia.

- Eu queria. Não, não queria. Já nem sei. Tenho medo.

- Não tenhas. Vem cá. Encosta-te a mim.

E ali ficaram como um só, abraçados...

.

(continua)

Sinto-me: Emocionada
Música: Não voltarei a ser fiel - Santos e Pecadores

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