Sozinha, entediada, vou passear à beira-mar.
O mar acalma-me, serena-me.
Olho aquele mar imenso e sinto-me só. A vida corre sem emoção, sem imprevistos. A rotina deixa-me neurotica e enervada.
O dia está a findar, passei o dia na praia, sozinha, a olhar o mar, a imensidão do oceano.
Tenho necessidade duma emoção, de sentir uma paixão que me altere a razão.
Lembro-me de um amigo com quem já não falo há muito. Falávamos muito, mas ele atulhado de trabalho, já não telefona e eu como não quero incomodar, fui deixando o tempo passar e a ausencia se instalar.
Mas hoje é diferente, preciso dele, do sorriso, da alegria, da emoção de estar junto dele e de lhe falar.
Pego no telemovel e mando-lhe uma mensagem...
"- Onde estás? Tenho saudades tuas. Quero te ver."
O meu coração bate a 100 á hora. Não acredito no que fiz. Que loucura.
O telemovel toca, do outro lado, a voz quente que tanto desejava ouvir...
- Estou em casa. Também tenho saudades tuas.
- Queria tanto estar contigo!!!
- Eu também. Onde estás?
- Estou na praia. Passei o dia aqui. Sinto-me deprimida, angustiada, sozinha. Vem ter comigo!!!
Num segundo o telemovel desliga-se.
A espectativa é grande, será que caiu a chamada? Será que foi ele que desligou? Será que ele vem? Será que ele não vem?
Sinto um aperto dentro do peito, um calor que me invade, a tão desejada emoção instala-se em mim.
Os segundos passam como se fossem horas. Nem um telefonema, nem uma mensagem, nada.
Derrepente, no silencio da noite, alguém se aproxima.
Não são precisas palavras. os corpos falam por si.
As mãos, os beijos, as linguas, misturam-se numa envolvencia erótica e sensual.
- Queria tanto estar contigo! Estava a morrer de saudades tuas.
Éramos só amigos, nunca tinhamos estado juntos daquela forma. Já tinhamos tomado café, conversado pela internet... mas entre os dois havia uma atracção imensa.
Enfim chegara o dia.
Deitamo-nos na areia... os nossos corpos rolavam envoltos em gestos de ternura. Era tão bom estar ali!
Quantas vezes já tinha sonhado com aquele momento, com o sabor dos teus beijos, com o toque das tuas mãos.
Hoje ia acontecer. Estava finalmente nos teus braços.
Devagar, sem pressas despes-me a blusa. Tremia de frio e de emoção.
A tua boca nos meus seios, as tuas mãos quentes passeavam-se pelo meu corpo. E ias me chupando os mamilos enquanto eu estremecia de prazer já doida pra te ter por inteiro.
Despi-te o blusão. O teu corpo era perfeito, liso, sedoso, quente...
Beijo-te o peito com emoção e ardor.
Abraças-me forte e num gesto atrevido metes a mãos dentro das minhas calças, tocas-me o sexo e eu estremeço.
Estou toda molhada, abro as pernas para que me contiunues a tocar. Gosto do teu toque, da forma como me masturbas. Estou completamente louca de desejo.
Arranco-te as calças e começo a chupar-te a pila, ela está enorme, pulsa de tesão, está molhada e sinto na minha boca o gosto do teu desejo.
Despes-me as calças, atira-las para longe. Desces pelo meu corpo como uma cobra, viraste-te ao contrario, formamos um 69 perfeito. A tua lingua na minha rata em movimentos circulares, faz-me estremecer de desejo e chupar-te cada vez com mais intensidade.
Levanto-me de um salto. Quero que me comas por trás. Ponho-me de gatas, tu não perdes tempo e metes a tua pila toda dura dentro de mim.
É tão bom!!! Melhor ainda do que eu alguma vez tinha sonhado. És uma amante perfeito, sabes tocar todos os meus pontos, levar-me à loucura. Com um safanão, arredas-me, deitas-te na areia húmida e dizes que te monte como a um cavalo. Eu salto para cima de ti. O teu sexo duro entra devagar dentro de mim. Que tesão, que fogo, que paixão.
Cavalgo-te louca de desejo e tesão, cada vez com mais força.
Estás prestes a explodir e eu também.
Dizes que queres jorrar o teu leite na minha boca e que queres sentir o meu sumo na tua boca.
Voltamos ao início, formamos com os nossos corpos entrelaçados um 69 perfeito, e assim, em espasmos de prazer e loucura, deixamos jorrar de dentro de nós, os nossos sucos, frutos da nossa emoção, na boca um do outro.
Estamos exaustos, o frio apodera-se dos nossos corpos. Enrolamo-nos nas nossas roupas e deixamo-nos ficar ali, sentados, abraçados um ao outro, contlemplando a lua que já há muito surgira no céu escuro da noite.
(Imagem tirada da net)
Irene era uma mulata bela e provocante.
Trabalhava num laboratório de uma faculdade qualquer, era solteira e vivia longe da família.
O trabalho, sem horas de entrada e saída e a sedução ocupavam-lhe todo o tempo e todas as forças.
Irene era volumptuosa, cheia de curvas e volumes. Os homens que trabalhavam junto dela, babavam-se à sua passagem. As suas tentativas de sedução raramente eram rejeitadas.
Muitas foram as vezes que se entregou a colegas de trabalho, ali mesmo no escritório, com o perigo eminente de serem apanhados.
Mas Irene não vivia feliz, todas aquelas relações não passavam de sexo ocasional, e ela queria mais, queria um homem que a amasse verdadeiramente, que a respeitasse, que não a visse como um pedaço de carne.
No mesmo gabinete, trabalhava um rapaz, aparência simples, bonito, simpático...
Já há algum tempo que Irene o observava com olhos gulosos, mas ele não lhe correspondia, ou então fazia que não entendia os olhares dela.
Um dia, já farta de esperar, entrou pela sala dele com o pretexto de entregar uns papeis e foi-se aproximando do rapaz.
As curvas de Irene não lhe eram indiferentes, mas Rudolfo tentava resistir a todo o custo. Era namorado, e sabia que as seduções de Irene geralmente saiam caras a quem se deixava levar por ela.
Mas ela estava determinada, ia conquistar Rudolfo.
Nesse mesmo dia, já mais tarde, quando já ninguém se encontrava no gabinete, voltou à sala de Rudolfo.
Rudolfo percebeu o que se ia passar, e tentando evitar o confronto, sentou-se à secretária. Mas Irene não se deixou intimidar, apróximou-se, arredou a cadeira e sentou-se ao colo de Rudolfo. Ele estava em brasa. E ela falava , falava e ia se colando a ele cada vez mais.
Rudolfo já não se conseguia controlar, a sua erecção já era visivel por fora das calças cor de caqui, as mãos trémoles e suadas, dirigiam-se tentadoramente para os seios de Irene, e que seios, grandes, firmes, tentadores, da cor do bom-bom mais doce...
Ela provocadora, ao reparar no estado em que se encontrava Rudolfo, pousou devagar os papeis em cima da secretária e com muita suavidade pôs a mão dentro das calças de Rudolfo e foi mastrubando-o em caricias suaves e provocadoras.
Ele já não aguentava mais, o seu pénis pulsava como uma bomba perto de explodir.
- Porque me fazes isto? Tu sabes que estou namorado.
Irene sorria, provocante e tentadora.
- Faço-o porque te quero, quero-te sentir dentro de mim, quero sentir o teu calor, quero sentir a tua lingua molhada enrolada na minha...
- Mas isto não está certo... somos colegas de trabalho...
-Qual é o problema?
E levando Rudolfo pela mão, como quem leva uma criança indefesa, vão para a casa de banho. Irene tranca a porta, e ataca.
Já nada a podia travar, e Rudolfo, já há muito se deixara vencer.
O que se passou naquela casa de banho... é difícil de descrever.
As roupas arrancadas dos corpos com violência, beijos, dentadas, arranhadelas...
Foi sexo, do mais selvagem que já alguma vez Rudolfo tinha feito.
Irene era uma mulher poderosa, sabia como derrotar um homem, e Rudolfo, fascinado pela arte de Irene, deixou-se levar neste mar de volupia e sedução.
Já era tarde quando sairam da casa de banho, as portas do gabinete estavam trancadas, estavam fechados lá dentro.
Sozinhos, os dois, com a noite pela frente...
A paixão que os unia era dificil de entender.
Havia um misto de ternura e volupia, pureza e podridão.
Era a traição, esse gesto nojento, que os aquecia, que os fazia pegar fogo, como se do próprio inferno se tratasse.
Os encontros na clandestinidade, os beijos roubados nas esquinas, os toques provocadores.
Como os enchia de prazer, aqueles momentos de paixão, no canto da rua quando ninguém via.
Como os fazia tremer de tesão, o sexo feito no canto escuro e o perigo da descoberta.
Tudo era emoção.
Sabiam que estavam errados, mas estavam viciados na adrenalina do perigo e do medo.
O medo de serem apanhados, o medo de um dia deixarem de sentir medo.
Sim, porque o medo é bom conselheiro.
Se deixarem de sentir medo, deixarão de estar em alerta, e começaram e facilitar.
E aí, a relação-emoção, passará a relação-rotina, e perderá toda a paixão e volupia.
É essa adrenalina, que mantém viva essa paixão.
Sem emoção, acaba-se a paixão.
É preciso apimentar a relação, aquecer a paixão, para que como uma fogueira, ela não se apague.
E eles eram peritos nisso.
Quanto mais perigosa era a situação, mais eles se sentiam atraidos por ela.
A casa de banho de uma discoteca, o bengaleiro de um restaurante...
Tudo servia de pertexto para se entregarem um ao outro e jogos de prazer e emoção...
- Boa tarde meu amor. Como te correu o dia?
- Como de costume e o teu?
- Normalmente, mas estou um pouco mal disposta, não sei o que se passa.
- Comeste durante o dia?
- Ah! É isso esqueci-me de almoçar.
E com os nervos em franja ela falava sem parar, de repente, começa a passar mal e desmaia.
O marido aflito, pega nela e leva-a para o quarto e deita-a na cama...
- Queres ir ao hospital?
- Não é preciso, vou descansar um pouco e já fico boa.
Ela ficou deitada em repouso e o marido, todo carinhos e atenções, tomou conta da casa e dos filhos por ela.
A noite foi passando, adormecer era dificil...
Ao fechar os olhos, só conseguia ver-se nos braços do amante.
A noite foi longa, os sonhos sucediam-se, as lembranças daquele dia de pecado não a deixavam dormir em paz...
Raiou o dia, o marido foi trabalhar, as crianças foram para a escola...
E ela, cheia de sede de paixão não conseguia pensar noutra coisa senão no amante. Tinha de estar com ele naquele dia ainda.
Pega no telemovel e liga-lhe:
- Tou? Meu amor? Vou ter contigo. Não consigo esperar mais.
- Não! Não venhas.
- Porquê? Ainda ontem me dizias que me querias ter de novo nos braços!?!? Que se passa?
- Isto não está certo. Eu ontem não devia ter ido aí. Tinha bebido demais e não sabia o que fazia.
- Isso são desculpas. Agora não volto atras. Pego no carro e não tardo aí.
- Não venhas. Eu não te abro a porta.
Descontrolada, com a líbido em alvoroço, com o coração aos pulos, e a razão fora de si. Pega no carro e lá vai...
O medo de ser apanhada desaparecera, a paixão que sentia e o desejo de se sentir amada e acarinhada, fazia-a perder a noção da realidade.
Ia por em risco a sua família por uma aventura.
Ao chegar lá, as portas estão fechadas. Pega no telemovel e liga-lhe:
- Estou aqui! Já cheguei!
- Tu não foste capaz?!? Não fizeste isso?!?
- Vem à janela e verás se tive ou não coragem.
Ao aproximar-se da janela, ele vê, sem querer acreditar nos seus olhos.
Ela tinha ido, tinha perdido o juizo e tinha ido até à casa dele.
- Eu disse que tu não viesses!
- Porquê? Ontem tu foste me tirar do sério, deixar-me num estado de nervos em que nunca tinha estado. E hoje não querias que viesse???
- Isto não está certo!
- Tivesses pensado nisso ontem, antes de lá ires. Agora é tarde. Já cá estou.
A cena era hilariante.
Na véspera ele rira, porque ela estava a tremer, naquele dia era ele que tremia.
Ele sentou-se no sofá todo encolhido, parecia um animalzinho assustado.
Ela, eufórica, provocava-o...
- Estou com calor. Tens alguma roupa que me emprestes? Quero despir esta, está muito quente.
- Que queres vestir?
- Pode ser uma T-shirt tua.
E lá foi ele aos tropeções, ainda sem querer acreditar na loucura que ela tinha cometido, buscar a roupa para ela vestir...
Ao chegar à sala... Encontra-a semi-nua deitada no sofá.
- Pára!!! Porque me fazes isto?
- O que é que eu estou a fazer? Estou só a descansar.
.
(continua)
. Irene...
. Angra em Chamas de Paixão...
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