Quinta-feira, 17 de Abril de 2008

Aborto - Questão delicada...

 

 

Este post teve origem na troca de mails sobre este assunto, com um amigo muito querido.

Como ele próprio me disse, e eu assumo, este assunto mexe comigo, e com grande parte da população.

Daí o meu atrevimento em postá-lo aqui.

 

 

 

Eu sei que é delicado, que há questões pessoais.
Mas nos dias de hoje, só tem filhos quem quer.
Há muitos tipos de contraceptivos, alguns patrocinados pelo estado, para quem não os possa pagar.
Agora... Engravidar e torto e a direito e abortar as pobres criaturas, que não não pediram para ser concebidas, ou abandoná-las em lares como aquele em que eu trabalho?
Acho que não está certo.
Quem não quer ou não pode financeiramente ou psicologicamente ter filhos, que tenha juízo e que não os tenha.
Não se faz estrelização da gatas vadias que, pobres bichos, não são responsáveis pelos seus actos?
Pois esterilizem essas mulheres que sem o mínimo pudor, fazem e desfazem crianças, como se de trapos se tratassem.
Peço-vos desculpa pela minha revolta e pela minha maneira de escrever.
Mas eu própria passei pela experiência de um aborto, involuntário é certo, de apenas 2 meses e meio, mas que me deixou recordações que nunca mais as esquecerei.
Por esse motivo, me revolta tanto o aborto, o descarte sem dó nem piedade, de tantos inocentes, que não pediram para ser concebidos, mas foram, e depois são despejados no
lixo como se de nada importante se tratassem.
Aborto por questões de doença, de perigo de vida de alguma das partes, por violação? Isso é outra coisa.
Agora por comodismo, por irresponsabilidade?
Isso nunca. Jamais compreenderei e aceitarei.

 

 

 

A procriação, ou como comumente nós chamamos, fazer amor, é isso mesmo, um acto de amor de entrega, de partilha de responsabilidades e de decisões.

Fazer amor com o intuito de procriar, ou fazê-lo apenas para dar e receber esse mesmo amor, reforçando os laços de intimidade de um casal, é isso e apenas isso, um acto de AMOR.

Se desse acto nascer um ser vivo, esse ser vivo é nada mais nada menos, do que fruto desse mesmo amor.

Já pensámos por um momento, cada um de nós, se um dia a nossa própria mãe, viesse ter connosco e dissesse:

-Tu não eras para ter nascido, eu ia te abortar.

O que iriamos nós sentir???

Sinto-me: Maternal
Música: O meu menino é de oiro - Dulce Pontes

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