- Meu amor, tenho fome.
- O que é que queres comer?
- Qualquer coisa serve.
- Vou te fazer uma sandes, queres?
- Pode ser. Enquanto fazes a sandes, eu vou tomar um duche.
E levantando-se sensualmente envolta no lençol dirige-se á casa de banho.
Ele segue-lhe os passos despindo-a com o olhar, e antes de desaparecer, deixa cair o lençol, revelando as formas cheias do seu corpo nu.
- Meu amor, onde está o sabonete?
- Está aí, não o vês?
- Não, vem cá dizer onde está.
Ele entra e vê-a, nua, com a água a escorrer-lhe pelo corpo.
Ela aproxima-se, e ela sedutora e provocante pergunta se ele não lhe quer lavar as costas. E ao aproximar-se, ela puxa-o para dentro duche.
Os corpos alagados, o sabão a escorrer pelas mãos, os toques delicados e sensuais.
- Tu estás a provocar-me.
- Eu quero ter-te outra vez, uma ultima vez.
E então sedento de amor e paixão, ele cedeu aos encantos dela, e mais uma vez, eles se entregaram um ao outro, num misto de paixão e ternura, que nunca tinham sentido antes.
- Foi a última vez. Isto não voltará a acontecer.
-Porquê? Eu amo-te.
- Não amas nada. Tu amas o teu marido. Isto é apenas uma ilusão. Um sonho vivido a dois que nunca aconteceu.
E assim ele afasta-se, deixando para trás uma pequena mas intensa história de paixão.
Ela ainda tenta seduzi-lo novamente pedindo-lhe a toalha, mas ele não cede.
Era o fim.
Ela sai do duche envolta numa toalha minúscula, seca o corpo ainda húmido de prazer, veste-se, e saindo despede-se dizendo:
- Nunca te irei esquecer.