Sábado, 17 de Setembro de 2011

Apaixonada...

 

 

Madalena estava apaixonada.

Tinha conhecido Antonio por acaso, ele era amigo duma amiga dela e essa amiga tinha os apresentado.

Tinham muitas coisas em comum, ambos gostavam de cinema, de sair a noite, de musica...

António era mais velho que Madalena 10 anos, mas essa diferença nao os afastava, Antonio era alegre e bem disposto e havia algo nele que cativava Madalena.

Um dia estava madalena em casa a ver TV e o telemovel toca.

- Estas em casa? (era o Antonio)

- Estou, porque?

- Estava a pensar se nao kerias ver um filme. Aluguei um mas nao keria ver sozinho.

- OK. Pode ser, tambem nao tinha planos pra hoje.

- Daki a pouco estou aí.

- OK. Até já.

Akele telefonema deixara Madalena muito curiosa. Um filme??? Akela hora??? Eram kase 22 horas e ai nda por cima num dia de semana, kando Antonio se levantava cedo no dia seguinte! Hummmm... Ali havia algo de estranho.

Passado algum tempo uma msg no tlm:"Estou aki."

Madalena foi abrir a porta.

Lá estava ele. Jeans, polo azul e casaco jeans.

Madalena estremeceu. O xeiro do perfume dele invadiu-lhe a alma e o corpo kando ele a cumprimentou com um beijo doce na face.

- Tudo bem contigo? (perguntou Antonio)

- Sim e contigo?

- Tambem.

Antonio mirou-a de alto a baixo. Madalena estava so de T-Shirt comprida, dakelas de levar pra praia, rosa choque. 

Madalena levou Antonio ate a sala, o DVD ja estava pronto, puseram o filme, era uma comedia romantica.

Sentaram-se no sofa, cada um no seu canto. Madalena de perna cruzada deixava a vista as pernas compridas e benfeitas. Antonio no seu canto admirava-lhe as formas enkanto via o filme.

Foram vendo o filme, riam, comentavam algumas cenas, e Madalena ia se concertando no sofa enkanto tocava ao de leve com o pe na prna de Antonio, este nem se mexia.

O filme chegou ao fim. e Antonio diz k tem k ir embora.

- Vai. (responde diretamente Madalena)

- E se eu kiser ficar (pergunta provocador Antonio)

- Fica, tu é k sabes.

- Amanha é dia de trabalho e já é tarde. É melhor eu ir embora.

- Ok.

Madalena levanta-se e kando se vai despedir de Antonio com um beijo... As bocas escorregam e os labios encontram-se.

Madalena nunca tinha sentido nada assim. Beijo mais doce... Um arrepio percorre-lhe o corpo. As maos tocam-se, os corpos roçam-se um no outro...

- Não vas embora. Fica comigo.(pede Madalena)

E pegando-lhe na mão leva-o ate ao seu quarto.

 

 

                                                                                    (Continua...)

 

 

 

 

 

 

 

Sinto-me: Romantica
Música: Bruno Mars - Just The Way You Are
Publicado por Lala às 12:55

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Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

O primeiro encontro...

 

 

Anabela e Duarte  nunca se tinham visto. Falavam-se kase todos os dias pela internet, mas nem a voz um do outro conheciam. Duarte já tinha visto fotos dela, k ela tinha tirado propositadamente para ele, em poses sensuais. Mas ela, continuava a sonhar com o dia em k o iria ver, fosse por foto ou pessoalmente, pela primeira vez.

                Kantas vezes fizeram planos para esse dia. Kantos vezes descreveram um ao outro como seria essa momento especial. Uma praia deserta de areia branca e aguas transparentes, uma pousada num castelo à beira mar, um cruzeiro em mar alto…

                Tantas foram as vezes k ela sonhou com esse momento.

                Um dia de Inverno, sem k nada o fizesse prever o telemovel da Anabela toca. Era um numero desconhecido. Ela atende…

                - Estou sim?! Kem fala?

                - Anabela?

                - Sim.

                - É o Duarte.

                - Duarte?

                - Sim, o Duarte da net, tu sabes...

                Fez-se um silencio profundo. Anabela não keria acreditar. Seria possivel?

                - Duarte? És mesmo tu?

                - Sim linda.

                Anabela estava estupefacta. O coração batia a mil à hora, as mãos tremiam-lhe. Toda ela tremia de emoção. Estava a ouvir akela voz pela primeira vez. A voz k antes dakele momento, ela tanta vez imaginara. Era uma voz doce, meiga, uma voz k transmitia segurança.

                - Onde estás Duarte? A k devo este telefonema inesperado? Está tudo bem contigo?

                - Estou nos Açores, mais própriamente em Angra. Vim-te buscar para ires passar uma semana de ferias comigo.

                Anabela estava em xoke. Seria possivel? Estaria a sonhar?

                - Estas a brincar comigo? Isso não se faz!

                - Não linda. Não estou a brincar contigo. Prepara uma mala com algumas roupas e vem para Angra.

                - Mas… assim… derrepente…?

                - Keres ou não?

                - Kero. Mas vamos pra onde?

                - Não te preocupes. Disso trato eu.

                Anabela corre escadas acima em direcçao ao karto, abre o armario… e fica sem saber k roupa levar.

                - Não sei para onde vou, o k devo vestir…

                Decide então levar os jeans preferidos, um camiseiro branco, duas camisolas e um vestido de alças k nunca tinha usado. Alguma langerie, produtos de higiene pessoal, o carregador do telemovel… Atira tudo pra dentro da mala e corre esbaforida pelas escadas abaixo.

                - Eskeci-me dos sapatos.

                Volta a correr ao karto e atira para dentro da mala umas sandalias prateadas e umas botas altas e volta a descer as escadas a correr. Nisto o telemovel  toca de novo.

                - Já estás pronta? Estou ansioso para te ver, para te abraçar, para te cobrir de beijos.

                Anabela cora. Sente-se uma adolescente prestes a viver uma aventura de amor.

                - Já fiz a mala, vou meter-me no carro e vou já para Angra. Onde keres k nos encontremos?

                - Estou à tua espera junto às “Portas da Cidade”.

                - Ok. Daki a 15 minutos estou aí.

                Anabela estava euforica. Ia encontrar-se com seu amigo, akele amigo tão especial, pela primeira vez. Pegou na mala, saiu de casa, fexou a porta e dirigiu-se ao carro. Estava tão embrenhada nos seus pensamentos k nem ouviu a vizinha k lhe perguntou se ia viajar. Meteu a mala no banco de tras do carro, sentou-se ao volante e arrancou.

                Ria-se sozinha, cantarolava as musicas k passavam no radio… E se ele lhe estivesse a mentir… Se não passasse tudo duma brincadeira de mau gosto. Não, não podia ser. O Duarte não lhe ia fazer uma coisa dakelas. Estava a xegar… Estaciona numa rua perto. Keria ir a pé até ao lugar do encontro. Precisava apanhar ar, estava demasiado nervosa.

                Ao virar a eskina da praça, vê ao longe uma figura masculina… nem alto nem baixo… estrutura normal… cabelos castanhos…  Aproxima-se, põe-lhe a mão sobre o ombro e pergunta:

                - Duarte?

                Ele vira-se, agarra nela de uma salto e envolve-a num abraço apertado, k kase sufoca.

                - K bom ver-te, k bom ter-te nos meus braços linda.

                E beijam-se como se já se tivessem beijado muitas outras vezes. O mundo tinha parado para eles. Nada mais existia à sua volta.

                 - Deixa-me olhar para ti. Deixa-me ver-te. És ainda mais bonita ao vivo.

                Anabela cora. Duarte sempre a enxera de elogios, mas akeles tinham um sabor especial.

                - Então… muito desapontada com akilo k vez?

                - Não. Porque haveria de estar? Sempre te disse k o aspecto fisico para mim não era importante. Mas diz-me… como estás aki? O k foi k aconteceu?

                Duarte sorri.

                - Não podia passar nem mais uma semana sem te ver…  sem te ter…

                Anabela não keria acreditar. Ele estava ali, na frente dela…

                - Então… Estas preparada prás tuas ferias?

                - Férias? Mas vamos para onde? Eu não tenho dinheiro para viagens agora!

                - Mas alguém te pediu dinheiro? Eu não te disse k não te preocupasses k eu tratava de tudo?

                Duarte já tinha tudo tratado. Passagens marcadas, hotel  reservado, carro à espera deles no aeroporto de xegada. Tudo estava pronto para uma semana em grande. Só faltava saber onde. Duarte recusava-se a dizer para onde iam. Só lhe dizia k ela ia gostar da surpresa.

                Mas antes de irem para o aeroporto foram almoçar. Ainda tinham tempo, e Duarte tinha tudo planeado. O restaurante com vista para a baia era confortavel e acolhedor. Ao entrarem, o empregado aproxima-se e indica-lhes a mesa na varanda privada k Duarte já tinha reservado de manhã cedo. Sobre a mesa um ramo de rosas vermelhas com uma cartão… “Com votos k este seja a melhor semana das nossas vidas!”

                Anabela  tinha os olhos xeios de lágrimas. Nem keria acreditar no lhe estava a acontecer.

 

 

 

                                                                                                                                                                                                (Continua…)

Sinto-me: Enebriada pelo amor
Música: Just The Way You Are - Bruno Mars
Domingo, 8 de Fevereiro de 2009

Ausencia...

 

Sei k tenho estado ausente...

Não desapareci...

Apenas estou apaixonada e estremamente FELIZZZZZZZZ.

Peço desculpa aos k procuram novidades aki e não as encontram...

Neste momento encontro-me num estado de alma k nao me permite dar atenção a tudo e a todos...

 

Espero k me entendam e  k me perdoem...

 

Adoro-vos a todos... mas nste momento só tenho olhos para o meu amor...

 

Bjinhos grandes e até à volta...

 

Sinto-me: Apaixonada e muitooooooo feliz
Música: Princesa - Boss AC
Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008

Vem amor...

 

Vem amor...

Quero o teu corpo colado ao meu.

Quero sentir os teus beijos,

A tua boca a percorrer o meu corpo sedento do teu.

 

Quero sentir as tuas mãos fortes e firmes a me agarrar.

Quero sentir o teu cheiro, o teu sabor.

Quero sentir o teu calor, o teu suor.

 

Quero poder amar-te e beijar-te,

Tocar-te e apertar-te entre os meus dedos.

Quero sentir-te dentro de mim

Como uma espada na bainha.

 

Vem.

Vem amar-me como eu te amo.

Vem possuir-me tal como nos meus sonhos.

 

Desejo-te tanto.

Sonho tanto com esse momento mas tu não vens.

És um sonho, uma miragem.

Um desejo irreal...

 

 

 

Sinto-me: In Love
Música: Momento - Pedro Abrunhosa
tags: ,
Sexta-feira, 30 de Maio de 2008

Adoro esta música...

Dedico esta música, que adoro, ao meu amor, o João.

Com votos de um fim-de-semana cheio de amor, carinho e boa disposição.

 

 

Música: Sempre para te amar
Sinto-me: Apaixonada
Publicado por Lala às 22:57

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Quinta-feira, 22 de Maio de 2008

Fiapos de vida...

 

Hoje foi desafiada por um amigo a falar de traição e bigamia.

É um assunto que mexe bastante comigo.

Fui vitima e vitimei.

Já vivi os dois lados da situação.

O que ficou, foi um misto de culpa e remorso.

São muitos os factores que levam uma pessoa a trair.

No meu caso foi a falta de amor na relação, a falta de carinho, a falta de partilhar as coisas simples do dia a dia.

No caso do meu companheiro, segundo ele, foi o amor em excesso, a prisão em que a nossa relação se tornara, monótona, vazia de sentimentos.

Mas para haver traição, tem de haver um outro sujeito implicado.

No meu caso, esse sujeito era calculista, sabia da situação vivida por mim, soube fazer a aproximação subtilmente, sem dar o alerta, como felino acoitado na mata à espera da presa.

No caso do meu companheiro, a ocasião fez o ladrão. Estavamos afastados, ele sentia-se sozinho mas não era capaz de se aproximar, então procurou conforto nos braços de uma amiga, essa amizade foi crescendo, e transformou-se num romance.

Afastámo-nos, iniciámos o processo de separação, mas com o tempo e a distância, os sentimentos que ainda existiam voltaram a florir, e hoje quase dois anos depois, estamos juntos outra vez.

Nem tudo é fácil. Os primeiros tempos foram muito complicados, mesmo muito. Temos a tendencia de ir buscar sempre o passado, de estar sempre a atirar coisas à cara um do outro, mas com amor tudo se ultrapassa.

Porque no fundo, o que nos juntou de novo, foi o amor que nós sentia-mos um pelo outro, e que estava esquecido num canto do coração, e que só a distancia pode avivar.

Sinto-me: Apaixonada
Música: All you need is love - Beatles
Domingo, 4 de Maio de 2008

Mais um dia...

 

 

A promessa tinha sido feita.
Eles não se voltariam a ver.
Mas o destino trai-nos quando menos esperamos.
Era vésperas de Natal...
- Amor, estava a pensar convidar o Artur, para vir passar a noite de Natal connosco. O que achas?
- Não sei...
O coração dela palpitava... Porquê aquela provação? Porque seria o destino tão cruel ao ponto de os por de novo frente a frente?
- Ele não tem ninguém, vai passar o Natal sozinho, tenho pena.
- Pois, tens razão. Coitado. Ele que venha.
Os dias foram passando, e a angústia do novo encontro perseguia-a.
Por fim o dia chegou. Ao fim da tarde, tocam à campainha, era ele.
Ela vai abrir a porta. Os olhos cruzam-se, como se nunca se tivessem separado. Os sentimentos repudiados anteriormente, voltam ao de cima.
- Feliz Natal!
- Feliz Natal para ti também, Artur.
E a noite é passada em família. Os amantes evitam-se um ao outro.
Desviam os olhares, fogem dos sentimentos.
O marido, inocente nem repara nesta fuga aprisionada dentro deles.
Ri-se, brinca-se, dizem-se piadas...
À meia-noite, hora de trocar as prendas...
Artur entrega um brinquedo a cada um dos filhos dela.
- Eu só trouxe prenda para os miúdos, desculpa, mas não pude comprar mais nada.
- Não faz mal. Nem era preciso.
Ela levanta-se e faz a distribuição das prendas. Uma para cada um dos miúdos, uma para o marido, uma para ela...
E no fim, com os olhos marejados de lágrimas, entrega ao amante a sua prenda.
- Para tomar conta de ti.
As lágrimas correm-lhe pela face, num abraço apertado, que queria ser um beijo, dizem ao ouvido:
- Feliz Natal meu amor!
Ele abre a caixa, dentro, frágil e puro, um anjo de cristal.
- Este será apartir de agora, o meu anjo da guarda.
- Então, então... Não vão chorar? Hoje é dia de alegria. É noite de Natal.
E a noite vai passando, sufocante e abafada.
Abafada pelo desejo dos dois, sufocante pela paixão que os une.
- Já é muito tarde. Vamos nos deitar.
Cada um encaminha-se para o seu quarto. Os miúdos, cansados e felizes pela noite especial, já dormem.
O marido, longe de saber o que se passava, deseja uma boa noite ao rival e vai se deitar.
- Vai andando que eu já vou. Vou só ver se está tudo bem trancado.
E aproximando-se devagar daquele amava, mas não podia possuir, beija-o apaixonadamente e diz-lhe novamente:
- Feliz Natal meu amor.
Sinto-me: Apaixonada
Música: Momento - Pedro Abrunhosa
Domingo, 27 de Abril de 2008

Um dia... (o final)

 

- Meu amor, tenho fome.
- O que é que queres comer?
- Qualquer coisa serve.
- Vou te fazer uma sandes, queres?
- Pode ser. Enquanto fazes a sandes, eu vou tomar um duche.
E levantando-se sensualmente envolta no lençol dirige-se á casa de banho.
Ele segue-lhe os passos despindo-a com o olhar, e antes de desaparecer, deixa cair o lençol, revelando as formas cheias do seu corpo nu.
- Meu amor, onde está o sabonete?
- Está aí, não o vês?
- Não, vem cá dizer onde está.
Ele entra e vê-a, nua, com a água a escorrer-lhe pelo corpo.
Ela aproxima-se, e ela sedutora e provocante pergunta se ele não lhe quer lavar as costas. E ao aproximar-se, ela puxa-o para dentro duche.
Os corpos alagados, o sabão a escorrer pelas mãos, os toques delicados e sensuais.
- Tu estás a provocar-me.
- Eu quero ter-te outra vez, uma ultima vez.
E então sedento de amor e paixão, ele cedeu aos encantos dela, e mais uma vez, eles se entregaram um ao outro, num misto de paixão e ternura, que nunca tinham sentido antes.
- Foi a última vez. Isto não voltará a acontecer.
-Porquê? Eu amo-te.
- Não amas nada. Tu amas o teu marido. Isto é apenas uma ilusão. Um sonho vivido a dois que nunca aconteceu.
E assim ele afasta-se, deixando para trás uma pequena mas intensa história de paixão.
Ela ainda tenta seduzi-lo novamente pedindo-lhe a toalha, mas ele não cede.
Era o fim.
Ela sai do duche envolta numa toalha minúscula, seca o corpo ainda húmido de prazer, veste-se, e saindo despede-se dizendo:
- Nunca te irei esquecer.
Música: Be without you - Mary J. Blige
Sinto-me: With a broken heart
Sábado, 26 de Abril de 2008

Um dia... (4)

 

 

Ela estava endiabrada. Ela sem saber o que fazer tentava resistir a todo o custo.

- Vem cá. vem te deitar junto de mim.

- Não. Tenho de fumar um cigarro. Isto está a por-me nervoso. Tens cigarros?

- Tenho, estão na minha mala. Eu vou buscar.

E levantando-se toda insinuante vai buscar os cigarros. Passa por ele só em langerie, roça-se nele, provoca-o.

- Pára com isso!!!

- Mas o que foi? O que é que eu estou a fazer?

- Tu sabes. Estás a tirar-me do sério.

- Jura!?! É essa a intenção.

Abre a mala tira dois cigarros, acende um e entraga-lho, depois acende o outro e encostando-se a ele começa a fumar.

- Estás muito diferente hoje. Estás mais calado. Ontem estavas mais divertido.

- O que é que queres? Deixaste-me nervoso.

- Gosto mais de te ver sorrir. Estás tão sério.

Mas ela não desistia, estava decidida a seduzi-lo, tal como ele fizera com ela na véspera. Aos poucos, com jeitinho começa-lhe a fazer carinhos, tentando deixá-lo mais descontraido.

- Anda. Vem cá.

E dando-lhe a mão leva-o para a cama.

- Não fazemos nada se não quiseres, deixa-me estar só aqui abraçada a ti.

Mas ela era maliciosa, como toda a mulher apaixonada. E aos poucos, foi tecendo uma teia de sensualidade em volta deles. Ele já não conseguia resistir mais. 

- Sabes?

- Diz. O que se passa?

- Já não estou com uma mulher há 4 anos.

- Não faz mal. Será como a primeira vez.

E beijando-a sofregamente possuiu-a numa atmosfera de paixão e desprendimento. Os sentimentos estavam ao rubro.

De repente ao olhar ternamente para ele, depois de se terem amado plenamente, ela vê uma lágrima a escorrer-lhe pela cara.

- Que se passa meu amor?

- Nada. Estou feliz e triste ao mesmo tempo.

- Porquê?

- Porque hoje, foi a primeira e a última vez que te tive nos meus braços.

- Não. Não digas isso.

- Tem de ser. Tu sabes disso. Isto não está certo. Tu tens um marido, uma família.

- Mas eu só te quero a ti.

E assim abraçados, choraram juntos aquele que seria, a primeira e a única vez que se amariam.

.

(continua)

Sinto-me: With a broken heart
Música: Unfaithful - Rihana
Quarta-feira, 23 de Abril de 2008

Um dia... (2)

 

 

O momento de cumplicidade e ternura parecia eterno, mas tinha de acabar.

Os miúdos estavam a chegar da escola...

- Tens de te ir embora.

- Eu sei. Mas não consigo. Agora não te quero deixar.

E novamente os corpos se entrelaçaram, as bocas num misto de paixão e ternura voltaram a unir-se.

Era impossivel resistir.

- E agora? Quando é que me vais fazer uma visita?

- Eu? À tua casa?

- Sim. Eu corri os riscos todos vindo aqui. Agora é a tua vez. Quero que vás lá também.

- Não sei. Tenho de ver bem como vou fazer. Tem de ser bem combinado.

- Pensa e depois diz como e quando queres fazer a visita.

Era um turbilham de emoções. Medo caldeado com desejo, ternura misturada com prazer.

Um último beijo para a despedida...

- Fico à espera do teu telefonema. Já estou com saudades.

- Eu também...

Ele saiu, logo em seguida chegaram as crianças.

Os nervos a ânciedade, não a deixavam cuidar dos filhos em condições. Não conseguia ajudar nos deveres, a cabeça não parava de pensar no que tinha acontecido.

- Como é que isto foi acontecer?

- O quê mãe?

- Nada filho, a mãe está a falar sozinha.

Ela andava de um lado para o outro, o corpo todo a tremer, as mãos suadas. O medo de ser descoberta...

O telemóvel toca:

- Meu amor, já cheguei a casa. Estou a morrer de saudades. Quero estar contigo outra vez.

- Eu também meu amor.

- Não te demores a pensar num dia para vires cá.

- Talvez para a próxima semana. Estou de folga na 5º feira.

- Vou morrer de saudades da tua boca até lá...

- Tem de ser, temos de ter cuidado.

- Eu sei. Desculpa a minha ânciedade, mas estou doido para te ter nos meus braços outra vez.

Um barulho... a porta abre-se...

- Tenho de desligar o meu marido chegou...

E a tremer de medo, com a boca a amargar e as mãos todas suadas, ela vai receber o marido, com o sorriso mais falso deste mundo...

.

(contiunua)

Sinto-me: Excitada
Música: O vôo do moscardo

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