Fecha-me os olhos,
E eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos,
E eu poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés,
Poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca,
Poderei chamar-te.
Corta-me os braços,
Adorar-te-ei
Com o coração e as mãos.
Trespassa-me o coração,
E latejará o meu cerebro.
E se incendiares o meu cerebro,
Mesmo assim,
Levar-te-ei no meu sangue.
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Autor desconhecido
Este post teve origem na troca de mails sobre este assunto, com um amigo muito querido.
Como ele próprio me disse, e eu assumo, este assunto mexe comigo, e com grande parte da população.
Daí o meu atrevimento em postá-lo aqui.
Eu sei que é delicado, que há questões pessoais.
Mas nos dias de hoje, só tem filhos quem quer.
Há muitos tipos de contraceptivos, alguns patrocinados pelo estado, para quem não os possa pagar.
Agora... Engravidar e torto e a direito e abortar as pobres criaturas, que não não pediram para ser concebidas, ou abandoná-las em lares como aquele em que eu trabalho?
Acho que não está certo.
Quem não quer ou não pode financeiramente ou psicologicamente ter filhos, que tenha juízo e que não os tenha.
Não se faz estrelização da gatas vadias que, pobres bichos, não são responsáveis pelos seus actos?
Pois esterilizem essas mulheres que sem o mínimo pudor, fazem e desfazem crianças, como se de trapos se tratassem.
Peço-vos desculpa pela minha revolta e pela minha maneira de escrever.
Mas eu própria passei pela experiência de um aborto, involuntário é certo, de apenas 2 meses e meio, mas que me deixou recordações que nunca mais as esquecerei.
Por esse motivo, me revolta tanto o aborto, o descarte sem dó nem piedade, de tantos inocentes, que não pediram para ser concebidos, mas foram, e depois são despejados no
lixo como se de nada importante se tratassem.
Aborto por questões de doença, de perigo de vida de alguma das partes, por violação? Isso é outra coisa.
Agora por comodismo, por irresponsabilidade?
Isso nunca. Jamais compreenderei e aceitarei.
A procriação, ou como comumente nós chamamos, fazer amor, é isso mesmo, um acto de amor de entrega, de partilha de responsabilidades e de decisões.
Fazer amor com o intuito de procriar, ou fazê-lo apenas para dar e receber esse mesmo amor, reforçando os laços de intimidade de um casal, é isso e apenas isso, um acto de AMOR.
Se desse acto nascer um ser vivo, esse ser vivo é nada mais nada menos, do que fruto desse mesmo amor.
Já pensámos por um momento, cada um de nós, se um dia a nossa própria mãe, viesse ter connosco e dissesse:
-Tu não eras para ter nascido, eu ia te abortar.
O que iriamos nós sentir???
A Minha Maior Obra-Prima
Estes são os meus tesouros, as razões da minha existência.
São eles a razão do meu viver, embora às vezes, segundo alguns dizem, não possa parecer.
Amo-vos muito Diogo e Bernardo.
Hoje estou cansada, não me apetece escrever, não quero desfiar rolos de emoções e sentimentos.
Quero apenas o calor do teu colo meu amor.
O carinho das tuas mãos, o calor dos teus beijos.
Hoje estou cansada, não me apetece escrever, não quero desfiar rolos de emõções e sentimentos.
Quero apenas o afago do teu corpo, um pouco da tua atenção.
Hoje estou cansada, não me apetece escrever, não quero desfiar rolos de emoções e sentimentos.
Quero só um momento a sós, um momento de ternura.
Hoje estou cansada, não me apetece escrever, não quero desfiar rolos de emoções e sentimentos.
Quero apenas estar contigo meu amor.
- Já pensaste que as férias estão a acabar?
- Eu não tenho pensado noutra coisa Miguel...
- Eu não me quero separar de ti, já não posso viver sem ti.
- Nem eu meu amor.
- Já pensaste no que vais fazer? Ou melhor, no que queres fazer?
- Tenho pensado muito, mas a minha decisão depende do que tu vais fazer. Eu não quero ficar longe de ti. Para onde tu fores eu também vou.
- Fico feliz por também pensares assim. Não queria nada ter de me separar de ti Joana. Eu acabei o meu curso, tenho trabalho cá na Ilha, mas tu, o que é que vais fazer?
- Eu vou telefonar aos meus pais e dizer que já não vou para Lisboa na semana que vem. Vou ficar a viver cá. Eu também já acabei o meu curso, e quanto a trabalho, eu hei-de arranjar. Posso ficar a morar em casa da minha tia enquanto não tiver trabalho, quando arranjar um trabalho alugo uma apartamento. - Gosto de te ver assim, decidida, entusiasmada.
- Diz antes erremediavelmente apaixonada.
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E assim acaba a "História Sem Nome", que também se poderia fácilmente chamar: "Um Amor no Atlântico".
Joana e Miguel, duas personagens criadas pela minha imaginação, são o retrato vivo de muitos dos casos de amor que se vivem por esses Açores fora, o estrangeiro que chega e se apaixona pela beleza e encanto destas ilhas e da sua gente...
FIM
No meio da multidão apertando de todos os lados, eles seguiam juntos até à zona do concerto.
- Quem é o artista?
- É o Pedro Abrunhosa. Gostas Joana?
- Adoro. Tem músicas lindíssimas.
No meio da multidão, de tantos casalinhos de namorados, Joana e Miguel estão tão distraidos que nem largam as mãos. Começa o concerto, música atraz de música, a atmosfera romântica que emana daquele palco começa a envolve-los...
Miguel, num gesto impensado abraça Joana pela cintura, esta surprendida, mas ao mesmo tempo desejosa desse gesto, não acha forças para o afastar. Entreolham-se, sorriem, e no momento mágico de uma nota de musica... surge o primeiro beijo.
- Desculpa. Fui inconveniente. Deixei-me levar pela música.
- Não tens de pedir desculpa. Eu também quis que acontecesse.
E assim, ao som de um concerto, à luz de um luar de Junho, surge o amor...
As festas acabaram, o Verão foi passando, e eles apaixonados, nunca mais se deixaram...
Mas as férias estavam a acabar, havia decisões a tomar...
(continua)