Anabela e Duarte nunca se tinham visto. Falavam-se kase todos os dias pela internet, mas nem a voz um do outro conheciam. Duarte já tinha visto fotos dela, k ela tinha tirado propositadamente para ele, em poses sensuais. Mas ela, continuava a sonhar com o dia em k o iria ver, fosse por foto ou pessoalmente, pela primeira vez.
Kantas vezes fizeram planos para esse dia. Kantos vezes descreveram um ao outro como seria essa momento especial. Uma praia deserta de areia branca e aguas transparentes, uma pousada num castelo à beira mar, um cruzeiro em mar alto…
Tantas foram as vezes k ela sonhou com esse momento.
Um dia de Inverno, sem k nada o fizesse prever o telemovel da Anabela toca. Era um numero desconhecido. Ela atende…
- Estou sim?! Kem fala?
- Anabela?
- Sim.
- É o Duarte.
- Duarte?
- Sim, o Duarte da net, tu sabes...
Fez-se um silencio profundo. Anabela não keria acreditar. Seria possivel?
- Duarte? És mesmo tu?
- Sim linda.
Anabela estava estupefacta. O coração batia a mil à hora, as mãos tremiam-lhe. Toda ela tremia de emoção. Estava a ouvir akela voz pela primeira vez. A voz k antes dakele momento, ela tanta vez imaginara. Era uma voz doce, meiga, uma voz k transmitia segurança.
- Onde estás Duarte? A k devo este telefonema inesperado? Está tudo bem contigo?
- Estou nos Açores, mais própriamente em Angra. Vim-te buscar para ires passar uma semana de ferias comigo.
Anabela estava em xoke. Seria possivel? Estaria a sonhar?
- Estas a brincar comigo? Isso não se faz!
- Não linda. Não estou a brincar contigo. Prepara uma mala com algumas roupas e vem para Angra.
- Mas… assim… derrepente…?
- Keres ou não?
- Kero. Mas vamos pra onde?
- Não te preocupes. Disso trato eu.
Anabela corre escadas acima em direcçao ao karto, abre o armario… e fica sem saber k roupa levar.
- Não sei para onde vou, o k devo vestir…
Decide então levar os jeans preferidos, um camiseiro branco, duas camisolas e um vestido de alças k nunca tinha usado. Alguma langerie, produtos de higiene pessoal, o carregador do telemovel… Atira tudo pra dentro da mala e corre esbaforida pelas escadas abaixo.
- Eskeci-me dos sapatos.
Volta a correr ao karto e atira para dentro da mala umas sandalias prateadas e umas botas altas e volta a descer as escadas a correr. Nisto o telemovel toca de novo.
- Já estás pronta? Estou ansioso para te ver, para te abraçar, para te cobrir de beijos.
Anabela cora. Sente-se uma adolescente prestes a viver uma aventura de amor.
- Já fiz a mala, vou meter-me no carro e vou já para Angra. Onde keres k nos encontremos?
- Estou à tua espera junto às “Portas da Cidade”.
- Ok. Daki a 15 minutos estou aí.
Anabela estava euforica. Ia encontrar-se com seu amigo, akele amigo tão especial, pela primeira vez. Pegou na mala, saiu de casa, fexou a porta e dirigiu-se ao carro. Estava tão embrenhada nos seus pensamentos k nem ouviu a vizinha k lhe perguntou se ia viajar. Meteu a mala no banco de tras do carro, sentou-se ao volante e arrancou.
Ria-se sozinha, cantarolava as musicas k passavam no radio… E se ele lhe estivesse a mentir… Se não passasse tudo duma brincadeira de mau gosto. Não, não podia ser. O Duarte não lhe ia fazer uma coisa dakelas. Estava a xegar… Estaciona numa rua perto. Keria ir a pé até ao lugar do encontro. Precisava apanhar ar, estava demasiado nervosa.
Ao virar a eskina da praça, vê ao longe uma figura masculina… nem alto nem baixo… estrutura normal… cabelos castanhos… Aproxima-se, põe-lhe a mão sobre o ombro e pergunta:
- Duarte?
Ele vira-se, agarra nela de uma salto e envolve-a num abraço apertado, k kase sufoca.
- K bom ver-te, k bom ter-te nos meus braços linda.
E beijam-se como se já se tivessem beijado muitas outras vezes. O mundo tinha parado para eles. Nada mais existia à sua volta.
- Deixa-me olhar para ti. Deixa-me ver-te. És ainda mais bonita ao vivo.
Anabela cora. Duarte sempre a enxera de elogios, mas akeles tinham um sabor especial.
- Então… muito desapontada com akilo k vez?
- Não. Porque haveria de estar? Sempre te disse k o aspecto fisico para mim não era importante. Mas diz-me… como estás aki? O k foi k aconteceu?
Duarte sorri.
- Não podia passar nem mais uma semana sem te ver… sem te ter…
Anabela não keria acreditar. Ele estava ali, na frente dela…
- Então… Estas preparada prás tuas ferias?
- Férias? Mas vamos para onde? Eu não tenho dinheiro para viagens agora!
- Mas alguém te pediu dinheiro? Eu não te disse k não te preocupasses k eu tratava de tudo?
Duarte já tinha tudo tratado. Passagens marcadas, hotel reservado, carro à espera deles no aeroporto de xegada. Tudo estava pronto para uma semana em grande. Só faltava saber onde. Duarte recusava-se a dizer para onde iam. Só lhe dizia k ela ia gostar da surpresa.
Mas antes de irem para o aeroporto foram almoçar. Ainda tinham tempo, e Duarte tinha tudo planeado. O restaurante com vista para a baia era confortavel e acolhedor. Ao entrarem, o empregado aproxima-se e indica-lhes a mesa na varanda privada k Duarte já tinha reservado de manhã cedo. Sobre a mesa um ramo de rosas vermelhas com uma cartão… “Com votos k este seja a melhor semana das nossas vidas!”
Anabela tinha os olhos xeios de lágrimas. Nem keria acreditar no lhe estava a acontecer.
(Continua…)
. Que saudadessssssssssssss...