Ela estava endiabrada. Ela sem saber o que fazer tentava resistir a todo o custo.
- Vem cá. vem te deitar junto de mim.
- Não. Tenho de fumar um cigarro. Isto está a por-me nervoso. Tens cigarros?
- Tenho, estão na minha mala. Eu vou buscar.
E levantando-se toda insinuante vai buscar os cigarros. Passa por ele só em langerie, roça-se nele, provoca-o.
- Pára com isso!!!
- Mas o que foi? O que é que eu estou a fazer?
- Tu sabes. Estás a tirar-me do sério.
- Jura!?! É essa a intenção.
Abre a mala tira dois cigarros, acende um e entraga-lho, depois acende o outro e encostando-se a ele começa a fumar.
- Estás muito diferente hoje. Estás mais calado. Ontem estavas mais divertido.
- O que é que queres? Deixaste-me nervoso.
- Gosto mais de te ver sorrir. Estás tão sério.
Mas ela não desistia, estava decidida a seduzi-lo, tal como ele fizera com ela na véspera. Aos poucos, com jeitinho começa-lhe a fazer carinhos, tentando deixá-lo mais descontraido.
- Anda. Vem cá.
E dando-lhe a mão leva-o para a cama.
- Não fazemos nada se não quiseres, deixa-me estar só aqui abraçada a ti.
Mas ela era maliciosa, como toda a mulher apaixonada. E aos poucos, foi tecendo uma teia de sensualidade em volta deles. Ele já não conseguia resistir mais.
- Sabes?
- Diz. O que se passa?
- Já não estou com uma mulher há 4 anos.
- Não faz mal. Será como a primeira vez.
E beijando-a sofregamente possuiu-a numa atmosfera de paixão e desprendimento. Os sentimentos estavam ao rubro.
De repente ao olhar ternamente para ele, depois de se terem amado plenamente, ela vê uma lágrima a escorrer-lhe pela cara.
- Que se passa meu amor?
- Nada. Estou feliz e triste ao mesmo tempo.
- Porquê?
- Porque hoje, foi a primeira e a última vez que te tive nos meus braços.
- Não. Não digas isso.
- Tem de ser. Tu sabes disso. Isto não está certo. Tu tens um marido, uma família.
- Mas eu só te quero a ti.
E assim abraçados, choraram juntos aquele que seria, a primeira e a única vez que se amariam.
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(continua)
. Que saudadessssssssssssss...