Fecha-me os olhos,
E eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos,
E eu poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés,
Poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca,
Poderei chamar-te.
Corta-me os braços,
Adorar-te-ei
Com o coração e as mãos.
Trespassa-me o coração,
E latejará o meu cerebro.
E se incendiares o meu cerebro,
Mesmo assim,
Levar-te-ei no meu sangue.
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Autor desconhecido
- Já pensaste que as férias estão a acabar?
- Eu não tenho pensado noutra coisa Miguel...
- Eu não me quero separar de ti, já não posso viver sem ti.
- Nem eu meu amor.
- Já pensaste no que vais fazer? Ou melhor, no que queres fazer?
- Tenho pensado muito, mas a minha decisão depende do que tu vais fazer. Eu não quero ficar longe de ti. Para onde tu fores eu também vou.
- Fico feliz por também pensares assim. Não queria nada ter de me separar de ti Joana. Eu acabei o meu curso, tenho trabalho cá na Ilha, mas tu, o que é que vais fazer?
- Eu vou telefonar aos meus pais e dizer que já não vou para Lisboa na semana que vem. Vou ficar a viver cá. Eu também já acabei o meu curso, e quanto a trabalho, eu hei-de arranjar. Posso ficar a morar em casa da minha tia enquanto não tiver trabalho, quando arranjar um trabalho alugo uma apartamento. - Gosto de te ver assim, decidida, entusiasmada.
- Diz antes erremediavelmente apaixonada.
.
E assim acaba a "História Sem Nome", que também se poderia fácilmente chamar: "Um Amor no Atlântico".
Joana e Miguel, duas personagens criadas pela minha imaginação, são o retrato vivo de muitos dos casos de amor que se vivem por esses Açores fora, o estrangeiro que chega e se apaixona pela beleza e encanto destas ilhas e da sua gente...
FIM
. Poema...
. História sem nome... (fim...